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Fotografia de Olga Mendes em @pedro.capelas.fotografia |
Eu perco algum tempo na Bertrand e na Fnac, quando não souberem de mim podem encontrar-me por lá, certamente. Às vezes nem me apetece ler nada, mas apetece-me sempre folhear tudo. Sou um pouco batoteira. Também não posso comprar tudo o que me apetece e talvez por isso me iniba de descobrir histórias que eu sei que me vão apaixonar sob pena de não poder trazê-las comigo para casa.
Por outro lado, na Fnac e na Bertrand, não há assim tantos turistas. Eu sei que é uma justificação meia tola. E sublinhe-se aqui que eu não estou a queixar-me dos turistas, antes pelo contrário, adoro a mistura de idiomas que se ouve, o movimento nas ruas pombalinas, adoro os olhares descansados e deslumbrados sobre o Tejo, sorrio quando vejo uma loja com o nome "o mundo fantástico da sardinha portuguesa" onde as pessoas se divertem com as criativas e excêntricas latas de sardinha como se fossem brinquedos; gosto de ver, em Alfama, as portas das casas abertas e os moradores a deixarem que os turistas lhes entrem pela cozinha adentro só para provar um copinho de ginjinha... E gosto disto, que a minha câmera fotográfica não me diga que tenho a memória cheia e que me deixe captar o jazz de rua a acompanhar o devorar guloso de uma boa nata...
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Fotografia de Liliana Brandão |
Mas apesar de tudo, também gosto de resgatar um pouco do meu silêncio em lugares onde supostamente não se pode falar muito alto, como igrejas e lojas de livros.
Em jeito de confissão, há muitos anos, tive um date numa biblioteca. Isto parece de tolos, mas como era tímida (muito tímida) e defendia-me com uma cara de poucos amigos, aquele date resultou lindamente, porque não precisava de falar muito e nem mais alto do que aquilo que eu conseguia. Sentamo-nos a trabalhar em silêncio, meios distraídos claro, mas pelo menos poupámo-nos daqueles disparates que normalmente dizemos quando estamos muito nervosos. De qualquer das formas, se tentássemos, a senhora da biblioteca - ou a PIDE dos dates em bibliotecas - vinha imediatamente ter connosco para nos mandar calar, o que era óptimo! Mas isto foi um aparte, ou talvez não, porque este post vem a propósito, de um livro que encontrei na Fnac e que se chama "não há famílias perfeitas" de Marta Gautier.
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Fotografia de Olga Mendes em @pedro.capelas.fotografia |
Cheguei a casa e procurei mais informações sobre a autora e eis que pensei, cá para mim, que a Marta Gautier podia ser a minha melhor amiga. Ambas gostamos de escrever, temos o gosto pela psicologia, pelo humor e pela representação. Encontrei um TED Talk da Marta no youtube e ficam aqui alguns dos momentos com os quais me identifiquei mais.
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fotografia de Sara Ferreira @dinha_photography2 |
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Fotografia de Liliana Brandão |
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Fotografia de Olga Mendes em @pedro.capelas.fotografia |
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Fotografia de Olga Mendes em @pedro.capelas.fotografia |
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fotografia de Sara Ferreira @dinha_photography2 |
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fotografia de Sara Ferreira @dinha_photography2 |
Estas frases estão misturadas e ilustradas com umas fotografias que tirei no workshop de fotografia de Pedro Capelas, pelos alunos do curso de fotografia, sobretudo pela Olga Mendes e pela Sara Ferreira.
Marta Gautier: A psicologia da Stand Up Comedy
E para ler ou ver TED talks, só posso estar acompanhada pela família Ergovisão, a marca que represento.
Um abraço a todos.
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